Yoga.art studio de Yoga

Durante 10 anos o Yoga Art, studio de Yoga, fundado com a proposta de compartilhar o bem estar e conhecimento desta filosofia ancestral, trabalhou com dedicação e amor a atenção e o autoconhecimento através do corpo, em um único endereço, no bairro do Morumbi em frente ao shopping Jardim Sul.

Em 2009, novas portas se abriram e pensando em expandir, levar a outros aspirantes um pouco dessa prática, nasceu a parceria com a Academia Gustavo Borges.

Localizado atualmente na rua José Ramon Urtiza, 901 (dentro da academia Gustavo Borges), o studio Yoga.art oferece diferentes estilos, que variam de acordo com o caminho que cada um dos professores constrói em sua estrada pessoal de Yoga. Apresenta ambientação exclusiva, com cores agradáveis, iluminação e acústica pensados especialmente para oferecer o conforto necessário aos praticantes, deixando-os totalmente à vontade nessa viagem em direção de sua própria natureza. As aulas são distintas e capazes de acolher harmoniosamente qualquer indivíduo.


Costuma-se frisar que o respeito e a atenção ao corpo fazem parte de um processo individual; o Yoga é esse processo!

Venha nos visitar...
Namastê!







quinta-feira, 29 de abril de 2010

Palavras Honestas - Monja Cohen

Será que conseguimos ficar em silêncio até que nossa mente esteja tranqüila? Podemos aguardar até que as palavras corretas venham, aquelas que não magoam e são honestas? O que são palavras honestas?"Enquanto tivermos a menor intenção de ter razão, de mostrar ou ensinar algo ao outro, precisamos nos acautelar. Enquanto nossas palavras tiverem ligação com o ego, serão desonestas. As palavras verdadeiras saberão se dizer na nossa aquietação."Joko Sensei, minha primeira mestra zen, falava calmamente, mas era enfática. Tinha grandes olhos azuis, cabeça raspada. Tinha mais de 60 anos, acredito. Interessante.Eu não poderia catalogá-la ou encaixá-la nos padrões comuns. Vestia-se de negro, com o manto monástico, e usava um anel no terceiro dedo de sua mão esquerda. Ou seria a direita? O tempo nos faz esquecer.Procurando na memória, a primeira imagem é o nosso encontro individual. Estava em Los Angeles, na Califórnia.Eu trabalhava no Banco do Brasil como recepcionista e, mais tarde, secretária. Depois de descobrir o zen, todas as manhãs, antes do trabalho, participava da meditação das 5h20. Eram dois períodos de 35 minutos, intercalados por cerca de cinco a dez minutos, durante os quais caminhávamos lentamente. Voltávamos a sentar, de frente para a parede. Havia 30 ou mais pessoas na sala. Não nos olhávamos, não nos falávamos.Depois, éramos convidados a ter uma entrevista com um dos professores. Havia vários, mas Joko Sensei era minha orientadora.Eram agradáveis esses encontros. Muitas vezes, bastava olhar em seus olhos e toda a minha fantasia sobre mim desaparecia.Um raio de luz entrava pela janela. Janela da sala. Janela da mente. Quantas vezes entrei nessa sala de entrevistas. Essa sala poderia ser qualquer espaço. Nenhum valor poderia descrevê-la. Em qualquer lugar que fosse, bastava que Joko Sensei estivesse ali, silenciosa e calma, para que a sala se tornasse o local do encontro com a verdade, a honestidade, a simplicidade, o conhecimento.E como é difícil sermos honestos conosco mesmos. Um antigo mestre zen, Sawaki Kodo Roshi, que havia servido o Exército japonês durante a guerra e depois se dedicara a ensinar a meditação por todo o país, dizia que meditar era apenas o eu com o eu.Estamos mais acostumados a conversar com outras pessoas, a nos distrairmos com televisão, cinema, teatro, música, literatura e Internet. Os intelectuais gostam de intelectualizar. Os professores gostam de ensinar. Mas, ser capaz de ganhar alguns momentos todos os dias, de estar apenas o eu com o eu é a proposta instigadora do zen.Algumas pessoas têm medo da solidão. Correm para festas, centros movimentados de compras, danceterias, sem perceber que muitas vezes estão mais sozinhas.Outras têm medo de gente. Querem se esconder e se assustam com a quantidade de seres que habitam cada um de nós.Sentar-se com a coluna ereta, uma parede lisa. Respirar e deixar que tudo se assente naturalmente, como um copo de água e terra. Se o copo for deixado quieto, em alguns minutos a terra fica no fundo, e a água, em cima. Assim acontece com a nossa mente.A mestra Zen Joko me dizia: "Aquietando-se a mente, a palavra verdadeira surge. A verdade se torna clara e límpida. Não aquilo que chamamos de verdade. O verdadeiro que nem sempre é o que pensávamos ou queríamos que fosse. Mas o que é, como é".Joko Sensei me ensinava a entrar em contato com minhas emoções e sentimentos. Perceber o medo, a raiva, sem mascarar. Não é fácil. É um processo contínuo e ininterrupto. Falar sem magoar ou ofender, sem mentir e enganar. Pensar de maneira a compreender o que está acontecendo, sem absolver, perdoar ou condenar. Agir percebendo em cada ser o sagrado.
Silencio meu ego.
Aperto o botão de mudo.
Agora, convoco a Luz para falar por mim, em todas as ocasiões, de forma que todas as minhas palavras elevem minha alma e toda a existência.

EU TE COMPREENDO - Osho

Eu te compreendo
Sim, eu te compreendo.
Eu sei das tuas tensões, dos teus vazios e da tua inquietude.
Eu sei da luta que tens travado à procura de Paz.
Sei também das tuas dificuldades para alcançá-la.
Sei das tuas quedas, dos teus propósitos não cumpridos, das tuas vacilações e dos teus desânimos.
Eu te compreendo...
Imagino o quanto tens tentado para resolver as tuas preocupações profissionais, familiares, afetivas, financeiras e sociais.
Imagino que o mundo, de vez em quando, parece-te um grande peso que te sentes obrigado a carregar.
E tantas vezes, sem medir esforços...
Eu conheço as tuas dúvidas, as dúvidas da natureza humana.
Percebo como te sentes pequeno quando teus sonhos acalentados vão por terra, quando tuas expectativas não são correspondidas.
E essas inseguranças com o amanhã?
E aquela inquietação atroz em não saberes se amanhã as pessoas que hoje te rodeiam ainda estarão contigo?
De não saberes se reconhecerão o teu trabalho, se reconhecerão o teu esforço...
E, por tudo isto, sofres, e te sentes como um barco sozinho num mar... Imenso e agitado.
E não ignoro que, muitas vezes, sentes uma profunda carência de amor. Quantas vezes pensaste em resolver definitivamente os teus conflitos no trabalho ou em casa.
E nem sempre encontraste a receptividade esperada ou não tiveste força para encaminhar a tua proposta...
Eu sei o quanto te dói os teus limites humanos e o quanto às vezes te parece difícil uma harmonia íntima.
E não poucas vezes, a descrença toma conta do teu coração.
Eu te compreendo...
Compreendo até tuas mágoas, a tristeza pelo que te fizeram, a tristeza pela incompreensão que te dispensaram, pelas ingratidões, pelas ofensas, pelas palavras rudes que recebeste.
Compreendo até as tuas saudades e lembranças.
Saudade daqueles que se afastaram de ti, saudade dos teus tempos felizes, saudade daquilo que não volta nunca mais...
E os teus medos?
Medo de perderes o que possuis, medo de não seres bom para aqueles que te cercam, medo de não agradares devidamente às pessoas, medo de não dares conta, medo de que descubram o teu íntimo, medo de que alguém descubra as tuas verdades e as tuas mentiras, medo de não conseguires realizar o que planejaste, medo de expressares os teus sentimentos, medo de que te interpretem mal...
Eu compreendo esses e todos os outros medos que tens dentro de ti.
Sou capaz de entender também os teus remorsos, as faltas que cometeste, o sentimento de culpa pelos pequenos ou grandes erros que praticaste na tua vida.
E sei que, por causa de tudo isso, às vezes te encontras num profundo sentimento de solidão. É quando as coisas perdem a cor, perdem o gosto e te vês envolto numa fina camada de indiferença pela vida...
Refiro-me àquela tua sensação de isolamento, como se o mundo inteiro fosse indiferente às tuas necessidades e ao teu cansaço.
E nesse estado, és envolvido pelo tédio e cada ação ou obrigação exige de ti um grande esforço.
Sei até das tuas sensações de estares acorrentado, preso; preso às normas, aos padrões estabelecidos, às rotineiras obrigações: "Eu gostaria de... mas eu tenho que trabalhar, tenho que ajudar, tenho que cuidar de, tenho que resolver, tenho que!...".
Eu te compreendo...
Compreendo os teus sacrifícios.
E a quantas coisas tens renunciado, de quantos anseios tens aberto mão!...
E sempre acham que é pouco...
Pouca coisa tens feito por ti e tua vida, quase toda ela, tem sido afinal dedicada a satisfazer outras pessoas.
Sei do teu esforço em ajudar as outras pessoas e sei que isso é a semente de tuas decepções.
Sei que, nas tuas horas mais amargas, até a revolta aflora em teu coração.
Revolta com a injustiça do mundo, revolta com a fome, as guerras, a competição entre os homens, com a loucura dos que detêm o poder, com a falsidade de muitos, com a repressão social e com a desonestidade.
Por tudo isso, carregas um grau excessivo de tensões, de angústia e de ansiedade.
Sonhas com uma vida melhor, mais calma, mais significativa.
Sei também que tens belos planos para o amanhã., que queres apenas um pouco de segurança, seja financeira ou emocional...
E sei que lutas por ela.
Mas, mesmo assim, tuas tensões continuam presentes.
E tu percebes estas tensões nas tuas insônias ou no sono excessivo, na ausência de fome ou na fome excessiva, na ausência de desejo para o sexo ou no desejo sexual excessivo.
O fato é que carregas e acumulas tensões sobre tensões: tensões no trabalho, nas exigências e autoritarismos de alguns, nas condições inadequadas de salário e na inexistência de motivação, nos ambientes tóxicos das empresas, na inveja dos colegas, no que dizem por trás. Tensões na família, nas dependências devoradoras dos que habitam a mesma casa; nos conflitos e brigas constantes, onde todos querem ter razão; no desrespeito à tua individualidade, no controle e cobrança das tuas ações.
Eu te compreendo... E te compreendo mesmo!
E apesar de compreender-te totalmente, quero dizer-te algo muito importante.
Escuta agora com o coração o que te vou dizer:
Eu te compreendo, mas não te apoio!
Tu és o único responsável por todos estes sentimentos.
A vida te foi dada de graça e existem em ti remédios para todos os teus males.
Se, no entanto, preferes a autocomiseração ao invés de mobilizares as tuas energias interiores, então nada posso te oferecer.
Se preferes sonhar com um mundo perfeito, ao invés de te defrontares com os limites de um mundo falho e humano, nada posso te oferecer.
Se preferes lamentar o teu passado e encontrar nele desculpas para a tua falta de vontade de crescer; se optastes por tentar controlar o futuro, o que jamais controlarás com todas as suas incertezas; se resolveste responsabilizar as pessoas que te rodeiam pela tua incompetência em tratar com os aspectos negativos delas, em nada posso te ajudar. Se trocaste o auto apoio pelo apoio e reconhecimento do teu ambiente, então nada posso te oferecer. Se queres ter razão em tudo que pensas; se queres obter piedade pelo que sentes; se queres a aprovação integral em tudo que fazes; se escolhestes abrir mão de tua própria vida, em nome do falso amor, para comprares o reconhecimento dos outros, através de renúncias e sacrifícios, nada posso te oferecer. Se entendeste mal a regra máxima "Amar ao próximo como a ti mesmo", esquecendo-te de amar a ti mesmo...Em nada posso te ajudar...
Se não tens um mínimo de coragem para estar com teus próprios sentimentos, sejam agradáveis ou dolorosos; se não tens um mínimo de humildade para te perdoares pelas tuas imperfeições; se desejas impressionar os outros e angariar a simpatia para teus sofrimentos; se não sabes pedir ajuda e aprender com os que sabem mais do que tu; se preferes sonhar, ao invés de viver, ignorando que a vida é feita de altos e baixos...
Nada posso te oferecer.
Se achas que pelo teu desespero as coisas acontecerão magicamente; se usas a imperfeição do mundo para justificar as tuas próprias imperfeições; se queres ser onipotente, quando de fato és simplesmente humano; se preferes proteção à tua própria liberdade; se interiorizaste em ti desejos torturadores; se deixaste imprimirem-se em tua mente venenosas ordens de: "Apressa-te!", "Não erres nunca!", "Agrade sempre!"; se escolheste atender às expectativas de todas as pessoas; se és incapaz de dar um não quando necessário...
Em nada posso te ajudar.
Se pensas ser possível controlar o que os outros pensam de ti; se pensas ser possível controlar o que os outros sentem a teu respeito; se pensas ser possível controlar o que os outros fazem; se queres acreditar que existe segurança fora de ti, repito:
Eu te compreendo...
Mas, em nome do verdadeiro Amor, jamais poderia apoiar-te!
Se recusas buscar no âmago do teu ser respostas para os teus descaminhos, se dás pouca importância a teus sussurros interiores; se esqueceste a unidade intrínseca dos opostos em nossa vida terrena; se preferes o fácil e abandonastes a paciência para o Caminho; se fechaste teus ouvidos ao chamado de retorno; se perdeste a confiança a ponto de não poderes entregar tua vida à vontade onipotente de Deus; se não quiseste ver a Luz que vem do Leste; se não consegues encontrar no íntimo das coisas aquele ponto seguro de equilíbrio no meio de todas as tormentas e vicissitudes; se não aceitas a tua vocação de Viajante com todos os imprevistos e acidentes da Jornada; se não queres usar o tempo, o erro, a queda e a morte como teus aliados de crescimento, realmente, nada posso fazer por ti.
Se aspiras obter proteção quando o que precisas é Liberdade; se não descobriste que a verdadeira Liberdade e a autêntica Segurança são interiores; se não sabes transformar a frase "Eu tenho que..." na frase "Eu quero!"; se queres que o fantasma do passado continue a fechar teus olhos para a infinidade do teu aqui e agora; se queres deixar que o fantasma do futuro te coloque em posição de luta com o que ainda não aconteceu e, provavelmente, não chegará a acontecer; se optaste por tratar a ti mesmo como a um inimigo; se te falta capacidade para ver a ti mesmo como alguém que merece da tua própria parte os maiores cuidados e a maior ternura; se não te tratas como sendo a semente do próprio Deus; se desejas usar teus belos planos de mudar, de crescer, de realizar, como instrumentos de auto-tortura; se achas que é amor o apego que cultivas pelos teus parentes e amigos; se queres ignorar, em nome da seriedade e da responsabilidade, a criança brincalhona que habita em ti; se alimentas a vergonha de te enternecer diante de uma flor ou de um por de sol; se através da lamentação recusas a vida como dádiva e como graça...
Não posso te apoiar!
Mas, se apesar de todo o sono, queres despertar; se apesar de todo o cansaço, queres caminhar; se apesar de todo o medo, queres tentar; se apesar de toda acomodação e descrença, queres mudar...
Aceita então esta proposta para a tua Felicidade: A raiz de todas as tuas dificuldades são teus pensamentos negativos. São eles que te levam para as dores das lembranças do passado e para a inquietação do futuro. São esses pensamentos que te afastam da experiência de contato com teu próprio corpo, com o teu presente, com o teu aqui e agora e, portanto, distanciando-te de teu próprio coração.
Tens presentes agora as tuas emoções?
Tens presente agora o fluxo da tua respiração?
Tens presente agora a batida do teu coração?
Tens agora a consciência do teu próprio corpo?
Este é o passo primordial.
Teu corpo é concreto, real, presente, e é nele que o sofrimento deságua e é a partir dele que se inicia a caminhada para a Alegria.
Somente através dele se encaminha o retorno à Paz.
Jamais resolverás os teus problemas somente pensando neles.
Começa do mais próximo, começa pelo corpo.
Através dele chegarás ao teu centro, ao teu vazio, àquele lugar onde a semente germina.
Através da consciência corporal, galgarás caminhos jamais vistos, entrarás em contato com os teus sentimentos, perceberás o mundo tal como é e agirás de acordo com a naturalidade da vida. Assume o teu corpo e os teus sentimentos, por mais dolorosos que sejam; assume e observa-os, simplesmente observa-os.
Não tentes mudar nada, sê apenas a tua dor.
Presta atenção, não negues a tua dor.
Para que fingir estar alegre se estás triste?
Para que fingir coragem se estás com medo?
Para que fingir amor se estás com ódio?
Para que fingir paz se estás angustiado?
Não lutes contra teus sentimentos, fica do teu próprio lado, deixa a dor acontecer, como deixas acontecer os bons momentos.
Pára!
Deixa que as coisas sejam exatamente como são.
Entra nos teus sentimentos sem os julgar, não fujas deles, não os evites, não queira resolvê-los escapando deles - depois terás de te encontrar com eles novamente, é apenas um adiamento, uma prorrogação.
Torna-te presente, por mais que te doa.
E, se assim fizeres, algo de muito belo acontecerá!
Assim como a noite veio, ela também se irá e então testemunharás o nascer do dia, pois à noite o sol escurece até a meia-noite e, a partir daí, começa um novo dia.
Se assim fizeres, sentirás brotar de dentro de ti uma força que desconhecias e te sentirás renovado na esperança e a vida entrando em ti. Se assim fizeres, entenderás com o coração que a semente morre mesmo, totalmente, antes de germinar e que a morte antecede a vida.
E, se assim fizeres, poderei dizer-te então que: Eu te Compreendo e que, assim, tens todo o meu apoio!
E verás com muita alegria que, justamente agora, já não precisas mais do meu apoio, pois o foste buscar dentro de ti e o encontraste dentro da tua própria dor!
A CAUSA É INTERIOR.
O homem traz a semente de sua vida dentro de si mesmo.
O que quer que lhe aconteça, acontece por sua própria causa.
As causas externas são secundárias; as causas internas são as principais.
Existe a possibilidade de uma transformação...
E que só você pode conseguir...
Basta querer...

Gripe Suína - Dr Márcio Bontempo, médico sanitarista.

Press release:
O médico Marcio Bontempo (CRM-DF 15458), especialista em Saúde Pública e naturopata, alerta como as pessoas adquirem a gripe suína (Influenza A - H1N1) e mostra como preveni-la através da alimentação, de produtos naturais e biológicos e dá outras dicas, além dos procedimentos de praxe.
Além das recomendações das autoridades sanitárias, como lavar as mãos com frequência, etc., existem providências que devem ser lembradas, ou conhecidas que, infelizmente, não fazem parte dos cuidados necessários, sendo que, muitos deles, são mais importantes do que as orientações oficiais.
Primeiramente, tanto profissionais de saúde quanto pessoas comuns, devem saber que é necessário atuar no sentido de se possuir um sistema imunológico bem forte. Percebo que absolutamente nada está se fazendo nessa direção, de uma forma que se espalha o terror de uma nova doença, mas não se tomam as providências necessárias para reforçar o mecanismo de defesa do organismo da população, permitindo assim que todos estejam expostos à virose em questão.
Por que as pessoas adquirem mesmo a gripe comum e o que fazer para fortaceler as defesas?
Para começar, é necessário saber O QUE ENFRAQUECE o nosso sistema imunológico, e isso não é divulgado (ou sabido?) pelas autoridades sanitárias.
Sabe-se, cientificamente, que todos os vírus se beneficiam e se desenvolvem mais facilmente em ambientes orgânicos mais ácidos e, ob viamente, quando o sistema imunológico está enfraquecido. E o que faz com que nosso ambiente sanguíneo fique mais ácido e o que diminui a força das nossas defesas?
São os alimentos industrializados que tendem a criar e a manter um ambiente sanguíneo mais ácido.
Os principais são:
Açúcar branco - produz ácido carbônico em quantidade proporcional à quantidade ingerida, seja ele puro ou presente em doces, refrigerantes, bolos, tortas, guloseimas, etc. O uso regular de grandes quantidades de açúcar branco produz perda de cálcio e magnésio (e muitos microminerais), o que afeta sobremeneira, de modo crônico e constante o nosso sistema imunológico. Deve ser substituido pelo açúcar mascavo orgânico, mel, etc.
Carnes vermelhas e embutidos – Pr oduz diversos ácidos e reações ácidas, como ácido oxálico, ácido úrico, além de toxinas redutoras da imunidade como cadaverina, putrescina, indol, escatol, fenol, etc. Como fonte de proteínas, dar preferência a peixes e proteínas vegetais, frutas oleaginosas, leguminosas, subprodutos da soja, etc.
Leite e derivados - Principalmente o leite de vaca, rico em caseína (indigesto), produz incremento do ácido lático e gera mucosidades em excesso, enfraquecimento das defesas orgânicas, expondo os seus consumidores, não só à gripe, mas a muitos outros problemas. Substituir por leite de soja pronto ou caseiro (evitar o leite de soja instantâneo, em pó). Como fonte de cálcio, preferir as verduras e os feijões.
Frituras, comidas em saquinhos (chips), guloseimas, fast food – Hoje consumidos em grande quantidade por crianças e adolescentes, responsáveis por grandes desequilíbrios orgânicos e muitas doenças, como diabetes, obesidade, pressão alta, etc. O seu consumo regular, associado ao açúcar branco, determina um constante estado de acidificação do sangue e depósito de compostos prejudiciais.
Álcool - Em pequenas quantidades (vinho, etc.) pode até ajudar, mas em excesso produz reações ácidas.
Recomenda-se, portanto, evitar estes alimentos substituindo-os, sendo que esta abstenção já significa um grande passo para a prevenção de qualquer gripe e de muitas doenças.
Alimentos recomendados para aumentar as defesas orgânicas
Há alimentos particularmente úteis para reforçar a nossa imunidade, tais como o arroz integral, os subprodutos da soja (tofu, leite de soja líquido, misso), a aveia (rica em beta-glucana, um grande estimulador do mecanismo de defesa), o inhame, as verduras em geral, frutas frescas, a semente de linhaça, o gengibre, o alho, a cebola e outros.
Outros fatores que reduzem a imunidade
Estresse - um dos piores inimigos, pois reduz a ação das células de defesa, principalmente os linfócitos que combatem os vírus, elevando os níveis de adrenalina e cortisol, um imunodepressor. O estresse é provocado pela vida agitada, os problemas diários, as preocupações excessivas, o excesso de trabalho ou estudos, etc.
Vida sedentária – Com ela os radicais ácidos se acumulam nos músculos e nos demais tecidos, reduzindo o pH do corpo e favorecendo as doenças virais e bacterianas.
Ar condicionado - Deve ser evitado a todo custo, pois desidrata o ar, ressecando as mucosas e produzindo desequilíbrio térmico no organismo. Faz muito mal.
Hábitos perniciosos - Tabagismo, alcoolismo, drogas, exceco de remédios farmacológicos, etc, são, decididamente, fatores que reduzem a capacidade de defesa do organismo.
Certamente que muitas mudanças propostas são sacrificantes, mas tudo é uma questão de ajuste e adaptação, sendo que, os resultados são altamente benéficos, não só em relação à gripe suina, mas à saúde em geral

Dicas da medicina natural, ortmolecular e homeopatia para a prevenção (e tratamento) da gripe suína.
Além das medidas anteriores, cientificamente sugere-se o seguinte:

Alho
O alho é rico em alicina, uma substância ativa que possui ação antiviral reconhecida, além de mais d euma dezena de outros componentes imunoentimulantes. Basta ingerir diariamente 3 a 5 dentes de alho cru picado, com os alimentos ou engolidos com água ou suco. Há o inconveniente do hálito, mas é passageiro, e mais vale a boa saúde do que o comentário alheio. Existem também suplementos à base de alho que não exalam odor, mas são caros. O óleo de alho em cápsula ou o alho em comprimidos não produzem o mesmo efeito do alho cru. O alho também é útil para evitar ou tratar uma grande quantidade de doenças. O problema do alho para crianças é a dificuldade para ingerir, mas com habilidade tudo é possível.
Própolis
A própolis é reconhecida cientificamente como um antibiótico naturalm incluindo uma forte ação antiviral, tanto em situações de infecção quanto como para prevenção. Foram reconhecidos mais de 100 principios medicinais ativos da própolis. Deve-se usar o extrato alcoólico de própolis a 30%, na quantidade de 30 gotas, 3 a 4 vezes ao dia, em meio copo de água. Para crianças pequenas, metade da dose (lactentes e bebês, seguir orientação do pediatra). Pode-se colocar um pouco de mel para adoçar e reduzir o sabor e efeito da própolis na boca.
Chá de gengibre
O gengibre é um alimento funcional reconhecido hoje cientificamente por seus poderosos princípios ativos. Foram isolados cerca de 25 substâncias, entre elas as famosas gengiberáceas, de grande ação estumulante do sistema de defesa do organismo e ação antiviral. Basta beber chá de gengibre fresco, forte, uma xícara 3 vezes ao dia, morno ou quente e sem adoçar.

Equilíbrio nervoso neurovegetativo
O organismo e as células de defesa são regidos pela ação do sistema nervoso autônomo, representado pelos sistemas simpático e parassimpático; o primeiro é responsável pela produção granulócitos (de pouca ação viral e mais bactericida) e o segundo de linfócitos (de ação antiviral direta). Devido à agitação da vida moderna e ao estresse, as pessoas apresentam um excesso de atividade do sistema simpático (que produz adrenalina, cortisol, etc., todos imunodepressores), com maior quantidade de granulócitos do que linfócitos, o que abre o caminho para viroses. É devido a isso que muitas pessoas adquirem uma gripe depois de um impacto emocional, notícia ruim, desavenças, tristezas, etc. É necessário proceder à redução da atividade simpática (redução do estresse,etc.) e promover maior estímulo parassimpático. Isso se consegue com mais repouso, menos agitação e preocupações, atividade física moderada, respiração profunda, alimentação natural integral, massagens terapêuticas, saunas, banhos quentes (tipo ofurô, banheiras, etc). Importante é evitar a friagem e manter o corpo aquecido, principalmente as extremidades.

Saquinho com cânfora - uma grande dica
Durante a gripe espanhola no começo do século passado, milhões de pessoas morreram, mas aqueles que lidavam com os doentes raramente contraiam a visore. É que havia uma orientação para que o pessoal de serviço, médicos, enfermeiros, etc. usasse um saquinho de gaze com pedras de cânfora pendurados no pescoço. As emanações voláteis da cânfora esterilizam o ar em sua volte e protegem as mucosas. Então, aconselha-se a fazer o mesmo. Basta adquirir a cânfora na farmácia comum (algumas pedrinhas bastam), confeccionar uma bolsinha de gaze e pendurar no pescoço, podendo inclusive manter por dentro do vestiário, sem necessidade de deixar à mostra (se bem que o ideal é manter do lado de fora). Deve ser usado constantemente durante o contato com as pessoas. É um aboa dica para quem lida com pessoas ou trabalha em ambiente de aglomeração, etc.

Fórmula homeopática
A homeopatia, diferentemente da medicina farmacológica, atua estimulando a capacidade orgânica. Há uma fórmula homeopática para a preveção, tando da Influenza A (H1N1), quanto de qualquer outro tipo de gripe. É a seguinte:
Para a prevenção, tanto para adultos quanto para crianças:
Aviarium 200 CH..........................30 ml
Influenzinum 200 CH...................30 ml
Álcool a 20%
Tomar 10 gotas, de preferência diretamente na boca, uma vez por semana, cada semana um, altenados. Para crianças muito pequenas, dar apenas 5 gotas em um pouco de água numa colher.
Para tratamento em caso de gripe (qualquer que seja):
Aconitum napellus 3 CH
Antimonium tartaricum 3CH
Allium cepa 3 CH
Bryonia alba 3 CH
Belladonna 5 CH
Gelsemium 5 CH
Fazer 30 ml, em partes iguais (pedir : ãã)
Álcool a 20%.
Tomar 10 gotas (direto na boca ou em água para crianças) a cada meia hora em caso de sintomas de qualquer gripe, até melhorar bem.
Estes remédios podem ser adquiridos nas boas farmácias homeopáticas, e não fazem mal algum ou produzem efeitos colaterais. Se necessário, procurar um médico homeopata para a confecção de uma receita.

Atividade física, sol e ar livre.
Sempre importante em qualquer aspecto para uma saúde melhor.
Suplementos
A medicina ortomolecular e a fototerapia preconizam o uso de dois suplementos:
Vitamina C - Recomenda-se o uso de 500 mg de vitamina C (ácido l-ascórbico) orgânica de uma a duas vezes ao dia, para reforçar as defesas. Crianças pequenas, metade da dose ou sob orientação pediátrica.
Cogumelo do Sol - Eleva a imunidade por ser rico em substâncias imunomoduladoras, como a beta-glucana. Adultos devem tomar 2 cápsulas de 500 mg 2 a 3 vezes ao dia, tanto como preventivo quanto para tratamento. Crianças pequenas, tomar metade da dose. No caso de dificuldade de encontrar o cogumelo do sol, procurar comer cogumelos, tipo champignon, shitake, shimeji, funghi, etc.
Frutas em geral - As frutas, principalmente as cítricas, ajudam a alcalinizar o sangue e são ricas em minerais e vitaminas, favorecendo a saúde e protegendo o organismo. Pessoas que consomem poucas frutas estão muito mais sujeitas, não só às viroses, quanto a qualquer outra enfermidade.
Estas orientações servem tanto para a prevenção quanto para serem utilizadas em casos de pessoas que contraíram qualquer tipo de gripe. Além do mais, estes procedimentos nos deixam seguros e tranqüilos em relação ao grande terror de se contrair, tanto a Influenza A quanto quaisquer outras doenças virais.

terça-feira, 27 de abril de 2010

A verdade sobre o PÚJÁ - Pedro Kupfer

Pújá não significa oferenda de flores e outras coisas.
É em verdade colocar o próprio coração no mais alto espaço da consciência, acima de qualquer construção mental. Significa realmente dissolução do ser no ardor perfeito (da Consciência Suprema).

Vijñánabhairava, 147


Você sabe o que significa o pújá?
Alguns praticantes acreditam que o pújá seja uma espécie de transferência de energia, uma saudação esquisita onde quem “dá” o pújá perde alguma coisa, e quem o “recebe”, ganha energia e longevidade, força e mais alguma coisa nebulosa, arrancada à força do doador.
A palavra sânscrita significa literalmente adoração.
Na Índia, a palavra pújá é usada para descrever as diferentes formas de adoração aos deuses, seja no templo, seja em casa. Um pújá é um ato de reverência do devoto em relação a uma determinada representação de Deus, indicado pela presença de um símbolo (uma escultura, uma imagem, uma fogueira sagrada, etc.).
Entre os procedimentos do pújá estão a invocação inicial ao Ishtadevatta, a deidade eleita, chamada áváhana, o convite para sentar, a lavagem dos pés e atos de adoração mediante o oferecimento de flores, incenso, luz e alimento.
O pújá é precedido pelo sankalpa, a resolução interior de leva-lo a cabo.
A continuação se faz o múla mantra, o mantra invocatório e se dá o nome da deidade à qual o ritual é dirigido. Depois se oferecem os elementos rituais e se fazem os mantras propiciatórios.
O ritual conclui com o visarjana, o convite para que a deidade se recolha.
Conforme o tipo de pújá, se usam tradicionalmente grupos de vinte e um, dezesseis, dez ou cinco elementos rituais, chamados upachára. Dentre eles, os cinco elementos que constituem a matéria (pañchatattwa), aparecem simbolizados por oferendas de flores (pushpa), incenso (dhúpa), luz (dípa), alimentos (naivedya) e sândalo (chandana), significando éter, ar, fogo, água e terra respectivamente.
Esses procedimentos formais prescritos para o pújá buscam venerar uma das representações de Deus, na forma de um hóspede que se recebe dentro de casa. Estes atos são feitos em estado de meditação e vão acompanhados pela recitação de certos mantras e textos escriturais que variam conforme a tradição do pújári (aquele que faz o pújá).
O ritual do pújá conclui com a distribuição de prasáda, alimento que foi oferecido à deidade. A aceitação do prasáda é um ato de reconhecimento da deidade como a fonte de toda a felicidade, a realização espiritual, a paz e a prosperidade de que desfrutamos.
Outros sinônimos de pújá são vandaná, saparyyá, namasyá, arhaná e bhajan.
O pújá do Bhakti Yoga se faz diariamente, dirigido à deidade de culto pessoal, ishta devattá: Vishnu se a pessoa for vaishnava, Shiva ou Ganesha se for shaiva, Deví no caso de um shakta, etc.
É um tipo de prática chamada kámya, que se faz para realizar algum objetivo.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Planeta Purusha e Palneta Prakriti - Joseph Le Page

Era uma vez um planeta que se chamava Purusha.
Todo mundo nesse planeta vivia feliz.
Quanto feliz? Totalmente feliz.
Os cidadãos do planeta Purusha viviam sem problemas. Na verdade, eles não tinham como ter problemas. Porque não tinha tempo, não tinha espaço, não tinha nada. Só tinha Consciência. Pura Consciência. Mas essa Consciência, mesmo assim, foi dividida em indivíduos. Cada um, uma alma individual. Mas eles estavam tão felizes, tão felizes...eles simplesmente viviam na Consciência Pura. É assim que viviam os cidadãos do Planeta Purusha.
É interessante saber que, em sânscrito, Purusha também quer dizer cidadão.
Eles eram cidadãos de verdade, cidadãos de alma pura. Mas faltava alguma coisa. Lá no Planeta Purusha, não tinha nenhum espelho. E eles disseram: "a gente não pode se conhecer totalmente sem espelho. Porque a gente está totalmente feliz dentro dessa consciência completa, infinita, mas não sabemos que estamos felizes".
Eles estavam felizes, mas não sabiam. Tentem entender isso...Tão felizes, mas não sabiam. Porque eles não tinham nenhum ponto de comparação, eles não tinham nenhum espelho para olhar e entender “eu estou feliz” ou "eu sou feliz". Porque lá só existia felicidade.
Um dia, todas essas almas se juntaram e uma delas falou: "olha, a gente vai ter que retificar essa situação. Eu ouvi falar de um lugar que se chama Planeta Prakriti (Prakriti, em sânscrito, quer dizer natureza). Disseram que lá no Planeta Prakriti tem muitos espelhos por toda parte...Pobre ou rico tem espelho. Eles podem ser felizes ou tristes, mas pelo menos eles sabem. Eles têm consciência se estão felizes ou tristes, ao contrário de nós que só conhecemos felicidade e consciência pura absoluta".
Então eles decidiram fazer uma viagem até o Planeta Prakriti através de uma astronave (a astronave é o nosso corpo). Essas astronaves seriam fabricadas do mesmo material que o Planeta Prakriti era construído. Eles investigaram e descobriram que o Planeta Prakriti, que também chama Terra, era feito de 5 elementos. Uma parte densa, que se chamava de terra. Uma parte líquida que se chamava água. Uma parte com calor, que também poderia produzir energia, que se chamava de fogo. Uma parte leve, em movimento constante, que se chamava de ar. E uma parte totalmente aberta, a mais similar ao Planeta Purusha, que chamava de espaço. Em sânscrito: prakriti, apas, tejas, vayu, akasha.
Eles gostaram muito dessa idéia de akasha (éter). "Aquele akasha é quase igual ao nosso ambiente aqui no planeta Purusha. A gente vai se sentir tão em casa...E os outros elementos a gente poderia aprender como lidar com eles".
Eles fabricaram astronaves. Mas cada uma foi feita à mão. Cada uma foi feita de uma maneira muito particular, exatamente para aquela alma. Tinham algumas feitas mais de terra, com um pouquinho de água. Essas astronaves eram sólidas, fortes...Mãos ao mesmo tempo um pouquinho mais lentas...Mas bem durável. Essa classe de astronave se chamava de Classe Kapha, que quer dizer durável, sustentável, que nunca quebraria na viagem. Tinha outro grupo de astronaves feito principalmente de fogo com um pouquinho de água, só para não queimar totalmente. Essa classe era de astronaves velozes feitas com perfeição. Era a classe Pitta. E tinha outra classe de astronaves feita principalmente de ar e espaço. Essa classe tinha muita liberdade, poderia andar através do espaço, do tempo. E essa classe, que se chamava Vatta, tinha esse problema de às vezes se perder no caminho. Então, todas as astronaves saíram do planeta Purusha ao mesmo tempo. Mas cada uma tinha uma viagem bem diferente. Aquela classe Kapha, mesmo cada um sendo um pouquinho diferente, cada uma feita para aquela alma, cada uma andava passo a passo, pouco a pouco, bem lento...Nunca mudaram de velocidade. A classe Pitta foi muito rápido, mas às vezes tinham que parar. Porque só aceitavam coisas perfeitas. E quando acontecia qualquer probleminha as naves Pitta tinham que organizar tudo, refazer tudo, revezar tudo. Assim perderam tempo no caminho. As astronaves Vatta foram muito rápido, mas foram aventureiras, foram de planeta em planeta. Em vários momentos esqueciam e deixavam as chaves da astronave num planeta ou outro. Elas precisavam voltar várias vezes para buscar as chaves nos planetas. Mas no final, todos os três tipos de astronave chegaram no planeta Prakriti ao mesmo tempo. Exatamente no mesmo tempo.
Antes de chegar ao ambiente do planeta Prakriti, vamos ver o que tinha dentro de cada astronave. Claro que tinha a parte principal, a alma. E também porque essa alma era a essência da cidadania do planeta Purusha. Mas também cada astronave precisava de um motorista. Esse motorista se chamava Ahamkara ou ego e ele recebia todas as instruções da alma.
Chegando perto do planeta Prakriti eles passaram por muitas tempestades...Tempestades muito violentas, chamadas Rajas. Também tinham tempos em que nada mudava, totalmente parado, era o tempo de Tamas. E tinha outros tempos em que as astronaves andavam totalmente equilibradas, esses momentos se chamavam de tempos de Sattwa. A viagem foi assim e eles entenderam que assim que é a vida no planeta Prakriti...Tudo muda durante todo o tempo. Num momento você está indo muito rápido, tudo está confuso. Outro momento está totalmente parado. Em alguns momentos, de curto tempo, voce está totalmente equilibrado. Esse ambiente do planeta Prakriti chamava-se de Triguna, os três gunas. Porque o ambiente do planeta Prakriti era como uma montanha russa, tudo estava sempre mudando. E os cidadãos do planeta Purusha comentaram: "Meu deus, aqui é totalmente diferente do planeta Purusha. La está tudo sempre igual, sempre com Consciência Pura. E aqui no planeta Prakriti tudo muda constantemente. Como é que a gente vai sobreviver?" Eles começaram a ficar com medo.
Daí, entrando no ambiente do planeta Prakriti, as astronaves sofreram um grande trauma. Foi um trauma tão grande, que os motoristas sofreram amnésia. Eles chegaram no planeta Prakriti, mas tinham esquecido. "Porque eu estou aqui? Por onde eu vou? Eu estou aqui para fazer o que?" E lá os motoristas tinham perdido o contato com a alma no centro da astronave. E foi uma situação muito difícil. Mas, graças a Deus, tinham alguns que conseguiam se lembrar de onde eles vieram. Esses eles chamavam de Guru ou Rishi. Esses poucos podiam lembrar que, na realidade, eles não eram cidadãos de Prakriti, mas eram cidadãos de Purusha.
Muitos ficaram perdidos. Eles achavam que estavam lá só para experimentar e morar dentro do planeta Prakriti. Mas os Gurus falaram que não, que o destino deles era voltar para o planeta Purusha, para retomar sua cidadania, como cidadãos do planeta Purusha, como almas puras...Agora com espelho. Entendendo que são felizes e também com pura consciência dessa felicidade. Diferente de antes, porque agora eles teriam conhecimento dessa felicidade.
A primeira coisa necessária para a jornada de volta seria consertar as astronaves. Então eles construíram oficinas de conserto para essas astronaves. Essas oficinas se chamavam de oficina Ayurvedica. E nessa oficina eles conseguiram reequilibrar, consertar todas as astronaves. Uma vez que as astronaves estavam prontas para a viagem de volta, eles precisavam de um mapa. Esse mapa se chamava 8 angas de Patanjali, se chamava Yoga. Então eles decidiram, depois de consertar as astronaves, fazer a viagem de volta usando esse mapa dos 8 angas. Mas a gente não sabe ainda como vai terminar.
Onde estamos nós nessa viagem?
Tem pessoas que estão perdidas.
São almas sob controle de motorista de astronave com amnésia.
Há outros que sabem que estão aqui para voltar para o Planeta Purusha, mas no momento estão na oficina Ayurveda. Eles também poderiam estar praticando Yoga, mas Yoga apenas para consertar a astronave quebrada.
Como essa astronave quebrou? Por causa de uma coisa que se chama estresse.
Estresse causado porque o motorista achava que essa astronave existia para trabalhar muito, beber muito, festejar muito, tomar drogas, preocupar muito...Então, o motorista com amnésia, achava que a astronave tinha ido pra Prakriti para fazer isso.
O motorista abusou da astronave, tendo que ir para a oficina Ayurveda. Abusou por que? Porque esqueceu de onde veio e para onde ia. Ele tinha vindo pra Prakriti com o propósito de voltar para o planeta Purusha.
A gente vivia nesse estado de pura consciência, através de um processo de involução, nós ficamos menos espirituais, menos sutis, mais densos em todos os sentidos aqui nesse planeta.
Nossa meta é voltar para aquele estado de pura consciência. A idéia é que viemos para aprender como voltar a ser espírito, mas de uma maneira consciente, através da escola da vida.
O destino de cada alma é procurar seu caminho de volta, através do nosso próprio esforço. O que caracteriza o mundo de Prakriti são os 3 gunas, como uma montanha russa. Altos e baixos. Enjôo e excitação.
No Planeta Purusha não tem essa montanha russa. Esse planeta está apenas em um lugar: dentro de nós mesmos. Só vamos encontrar estabilidade e felicidade dentro de nós, isso é o que todas as filosofias da Índia dizem. E o caminho é o Yoga.
O inicio dessa viagem é ásana. Porque pra voltar pro Planeta Purusha, no mínimo temos que ter uma astronave pronta pra sair, com base. Quando o motorista está doido, a 1a coisa a fazer com ele é ensinar como ficar "sthiram sukham", estável e confortável. Quando o motorista não esta sóbrio, não tem condições de fazer a viagem de volta.
Durante toda essa jornada, de uma certa forma, a pessoa dormiu no planeta Purusha. Sonhou que foi para o planeta Prakriti. Mas quando a pessoa acorda, ela reconhece que tudo é planeta Purusha, tudo sempre foi planeta Purusha. Para isso precisa um caminho, por isso os sutras de Patanjali são tão importantes na Índia, porque explicam o caminho. Eles saíram do planeta Purusha para ir em direção ao planeta Prakriti, com a intenção de aprender, de uma certa forma, quem eles são de uma maneira mais profunda. Depois colocaram uma antena grande, uma antena de comunicação (maha atman) para não perder contato com planeta Purusha. Saíram muitas astronaves e cada uma estava equipada com um computador muito sábio, chamado Buddhi, dentro de cada pessoa. Buddhi se ocupa de todo o funcionamento da astronave. Em principio pode ate tomar conta, mas o mais importante para Buddhi é manter comunicação com Purusha.
Mas tem o piloto louco, que é ahamkara, o ego. Ele é gente boa, mas pirou ao entrar no ambiente de Prakriti, sofrendo de amnésia. Porque em Prakriti, diferente de Purusha, tem momentos de equilíbrio (sattwa), mas tem momentos de loucura (rajas) e momentos de depressão (tamas). Por causa dessa amnésia, ele achava que estava aqui apenas para brincar com a astronave (nosso corpo).
A gente tem todas as ferramentas para a astronave perceber o Planeta Prakriti. Temos jñanendriyas (os sentidos do conhecimento): audição, olfato, visão, tato e paladar, para que a astronave conheça esse planeta. E temos os karmendryas (poderes de ação): o falar, o uso das mãos, a locomoção, o excretar e o ato sexual. A astronave tem como pegar, movimentar, comer, eliminar resíduos e tem equipamentos para fazer pequenas astronaves novas (procriar). Porque com essa amnésia, muitas dessas astronaves pensaram que vieram pra cá só pra fazer outras astronaves. Devido a essa amnésia a pessoa aprende tudo lentamente. Geração após geração, as pessoas vão fazendo sempre as mesmas coisas, mas a tendência é aprender com o tempo.
Chegando aqui em Prakriti, todas as astronaves eram feitas dos 5 grandes elementos (pancha maha bhuta). Quando as astronaves foram feitas no planeta Purusha, elas eram sutis. Ao entrar em Prakriti, tornaram-se sólidas. As astronaves que decidiram fazer a viagem de volta, foram 1o para a oficina Ayurvedica para se consertar e reequilibrar. Depois eles foram usando o mapa do yoga, eles seguiram todas as regras para todo mundo lidar bem dentro da sua astronave. E entre uma astronave e outra havia regras de conduta, se chamavam yamas e nyamas. Depois eles tinham que ter certeza que a astronave estava estável no vôo, firme, flexível. Por isso os ásanas. Eles precisavam abastecer bem a astronave de energia, por isso usavam pránáyámas. Eles precisavam girar a atenção, que antes foi totalmente dada a Prakriti, para o planeta Purusha. Isso se chamava pratyahara. Depois eles focalizaram toda a atenção no planeta purusha, usando 100% da concentração para esse ponto espiritual. Isso se chamava dhárana. Depois eles entraram em vôo e tudo na astronave estava fluindo perfeitamente bem...a alma, o motorista, a astronave em si, corpo, mente e espírito. A astronave (o corpo), o motorista (a mente) e o espírito (a alma) em perfeita sincronia. Por isso eles podiam voar totalmente sem problemas, sem tempo e sem espaço. Esse estado de voar se chama dhyána, meditação. E finalmente chegaram ao destino, ao planeta Purusha.
Eles podiam ser totalmente felizes, integrados, inteiros.
Ao mesmo tempo poderiam ter conhecimento dessa integração.
E a surpresa final foi que, abrindo os olhos, eles reconheceram que planeta Purusha e planeta Prakriti era o mesmo lugar. Mas com essa atitude de dhyána e samadhi eles podiam viver dentro do planeta Prakriti com consciência completa do planeta Purusha.
E todos que fizeram essa viagem viveram felizes para sempre!

Concentração e Meditação - Swami Sivananda

Quando alguém se desenvolve na concentração, quando alguém se interessa realmente por ela, quando alguém comprova os seus benefícios, não abandona a sua prática. Não poderá ficar nem mais um dia sem a concentração. Se deixar de se concentrar, a pessoa ficará inquieta. A concentração resulta na alegria suprema, na força espiritual íntima. A concentração traz o conhecimento profundo e a profunda compreensão interior, a intuição. Em poucas palavras, é uma ciência maravilhosa. Não posso descrever os seus benefícios de maneira apropriada.
A mente, geralmente, vaga a esmo, sem rumo. Quando pensa em um objeto, num segundo deixa de pensar nele e pula para outro como um macaco, depois para um terceiro e assim por diante. Não pode fixar-se num só. Quando o pensamento se mantém continuadamente em um padrão definido, em uma única coisa, como o fluxo do óleo caindo de um vasilhame para outro, então isso é concentração.
Você precisa manifestar um grande interesse na prática da concentração. A atenção é o uso constante da mente. A compreensão sempre envolve a atenção. A atenção representa um grande papel na concentração. Ela é a base da vontade. Ela é encontrada nos homens de mentalidade forte. É uma faculdade rara. Compreender é estar atento. Através da atenção você tem um nitido e um claro conhecimento das coisas.
Cada pequena ação exige concentração e atenção de todo o coração.

É muito dificil dizer onde termina a concentração e onde começa a meditação. A meditação segue a concentração. Aqueles que conseguem praticar a concentraçao evoluem rapidamente. Podem realizar qualquer trabalho com grande eficiência.
Seja alegre, um brilhante futuro o aguarda.

Pratique.
Sinta.
Levante-se.
Acorde.